Mar revolto em plena tempestade de trovões e raios é pouca coisa comparado aos agentes de saúde da capital baiana, que estão doidinhos para ver o vencimento de dois salários mínimos brilhando no seu contracheque. Não só o brilho do vencimento, mas de todas gratificações; sem a ausência delas tão desejada pela espinhosa gestão.
O governo federal está preparando a chegada do tão sonhado dindim nos cofres misteriosos da capital baiana. É hoje. É manhã. Não importa. Vai chegar. Para a festa ser boa precisa de um bom suspense...
Enquanto isso, os servidores, agitados pela ventania que vem dos quatro cantos, gritam, cantam musiquinhas que não deixam Bruno Reis dormir sossegado... saem às ruas, fazem assembleias e, agora, fincam os pés na Casa do Povo... não tão do povo não, mas...
Ano de eleição, ninguém querendo indisposição, só muita disposição para seus muitos interesses. Político é assim... Ah, falando em político, não é que a Confederação Nacional de Municípios (CNM) ficou quietinha... não ficou contra a Emenda 120, é tudo paz e amor. Quando a grana chegar, os nobres prefeitos vão pagar.
Por isso, até agora, nem não, nem sim é fala embromática de Thiago Dantas, secretário de Gestão tão querido dos agentes de saúde... Geraldo Júnior, ex-aliado do prefeito, promete jogá-lo de cima do muro, do lado onde o sol brilha para os trabalhadores: um projeto de indicação pelo cumprimento da EC120 está chegando a galope...
E os agentes? Os agentes, já sabe: é direito, é salário, é EC120, enquanto não vier, são redemoinho disposto a briga bem conduzida pelas Entidades Unificadas.
Mas calma! Parece que o rio vai desaguar no mar.
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