O presidente da Associação dos Agentes Comunitários e de Endemias de Salvador (Aaces), Enádio Careca, e o diretor Cléber Bispo concederam entrevista ao radialista e vereador Suíca ontem à noite (30). Careca fez um apanhado da história da Aaces, que nasceu a partir de uma necessidade de defesa dos direitos dos agentes de saúde da capital baiana no período da publicação do edital do concurso público, em 2008.
Mas o carro-chefe da entrevista foi mesmo o imbróglio da implantação do Piso Nacional da categoria. O representante dos agentes apresentou dados técnicos que provam que a prefeitura recebe recursos federais para implantá-lo."Para um técnico de enfermagem, por exemplo, o prefeito ACM Neto paga 100% da Fonte 02 o salário e as gratificações, já os agentes de saúde têm 65% dos recursos vindos do governo federal, e a prefeitura complementa com 39,91%", explicou. Ou seja, os agentes de combate às endemias (ACEs) e agentes comunitários de saúde (ACSs) são os servidores com os quais a prefeitura gasta menos.
Enádio ainda falou sobre uma proposta (verbalizada) pelos secretários Thiago Dantas, da Gestão, e Léo Prates, da Saúde, que consiste na implantação do piso salarial segundo a Lei 13.708: R$1.250 neste ano, R$1.400 em 2020 e R$ 1.550 em 2021, tudo amarado num projeto de lei que garantiria o reajuste aqui no município, caso o governo federal não o fizesse. Para isso, porém, haveria incorporação de percentual de uma gratificação apenas, e os trabalhadores teriam de retirar as ações judiciais contra a prefeitura.
Durante toda entrevista, o presidente da Aaces fez um apelo à sensibilidade dos secretários e do prefeito para resolver essa questão e implantar o Piso Nacional, sonho de toda categoria. Na próxima quinta-feira (5), deve ocorrer mais uma Mesa de Negociação, na qual o problema será discutido.
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