Os gestores da Prefeitura de Salvador são bem orquestrados. Thiago Dantas, secretário de Gestão, é empregado, subalterno ao prefeito Bruno Reis, age de acordo aos ditames do mandatário da capital baiana. Portanto, não nos enganemos, pois, se Dantas não apresentou nada de oficial sobre o "novo piso", tudo ocorre com as bençãos do prefeito.
Os dois gestores vêm de uma tradição política que não valoriza os servidores públicos, sobretudo no achatamento salarial. Ainda candidato a prefeito, ACM Neto prometera que implantaria o piso, inclusive assinando documento de um grupo de agentes se comprometendo. Foi eleito, e não cumpriu. Já no segundo mandato, abordado por Cleber Bispo, membro das Entidades Unificadas, numa inauguração de unidade de saúde, sobre o piso , disse que ia ver, porém nada resolveu; chegou ao ponto de afirmar que faria história com os agentes de saúde. A única história realizada foi a de não ter implantado o Piso Nacional, além de ter chamado a categoria de " viúvas do PT".
Hoje, observo agentes se entusiasmando porque o prefeito deu tapinha nas costas, sorriu, deixou-se ser abraçado e até mandou ligar para o velho conhecido Thiago Dantas, porém não nos deixemos enganar, é tudo teatro de uma gestão organizada, que sabe muito bem manipular. Isso ficou claro no encontro arranjado no qual o secretário reuniu agentes e vereadores só para dar o recado de Bruno Reis: "novo piso" com todas as gratificações, a prefeitura não tem condições de pagar, diria, não quer pagar. Da mesma forma na Câmara, quando o prefeito ordenou que a base não implantasse a Comissão de Saúde Especial.
Tanto ontem como hoje, se não atentarmos, por ingenuidade política, grupos de agentes podem servir ao teatro da gestão sem se dar conta da manipulação; nada alcançando, mas mesmo assim, cantando vitória, mas com o troféu nas mãos tirânicas do Executivo.
Temos um tempo favorável a favor dos agentes de saúde da capital baiana. Ano eleitoral , emenda constitucional, as lideranças unidas e, a meu ver, o grande triunfo político: o apoio de Geraldo Júnior, fruto de estratégias inteligentes das Entidades Unificadas. Com esse apoio e a mobilização da categoria, chegar-se-á ao tão sonhado "novo piso" e as gratificações.
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