A Comissão que apreciará a Medida Provisória 827/2018 tem como presidente e relator parlamentares que apoiam a causa dos agentes de saúde. Inclusive, o senador Cássio Cunha se comprometeu em produzir um relatório em consonância com as reivindicações da categoria. E a Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (Conacs) estava se articulando, até então, de maneira promissora com o governo federal. Por isso, as expectativas eram as melhores; os trabalhadores viam bem próxima a possibilidade tão sonhada do reajuste do piso salarial nacional. Mas no meio do caminho tinha a greve dos caminhoneiros.
Trata-se de um movimento justo, que faz reivindicações de demandas importantes para quem vive transportando produtos por essas inúmeras BRs do País. Os trabalhadores pedem redução do preço do óleo diesel e a regulamentação de tabela de preços dos fretes. O governo atendeu às reivindicações e baixou para R$0,46 o óleo diesel nas refinarias. O problema é que para financiar isso teve que tomar algumas medidas, dentre as quais cortes na Saúde e na Educação.
Como dar reajuste aos agentes (há quatro anos sem aumento) significa aumento de gasto na receita, o governo poderá adiar essa possibilidade. Ou seja, a conjuntura político-econômica coloca-se contra , mais uma vez, os anseios dos trabalhadores. Nos próximos dias, a questão deve ser colocada em debate na Comissão.
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