Na última segunda-feira (13), foi realizada uma audiência pública sobre o Piso Nacional, enfatizando o descumprimento da Prefeitura de Salvador em não implantá-lo, apesar de receber os recursos federais para tanto. O evento foi realizado no Centro Cultural, na Praça Municipal, e contou com a presença de alguns vereadores como Marta Rodrigues (PT), Sidninho (Podemos), Marcos Mendes (PSOL), além da Associação dos |Agentes Comunitários e de Endemias de Salvador (Aaces) e do Sindicato de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias da Bahia (Sindacs - BA), dentre outros.
Durante as discussões houve um episódio que, salvo engano, passou despercebido, mas que é bastante revelador dos equívocos que algumas representações da categoria insistem em repetir. O imbróglio consistiu no fato de o presidente da Aaces, Enádio Careca, propor a criação de uma comissão multirepresentativa para reivindicar a implantação do piso dos agentes junto à gestão. Foi um apelo feito no deserto. As demais representações emudeceram-se, pior, repudiaram a proposta.
O mais insipiente dos sindicalistas sabe que a unificação das forças é de capital importância para o enfrentamento de um gestor que é contumaz em não valorizar seus servidores. Trabalhadores com representatividade dividida e preocupada com suas vaidades fortalecem, ainda que a contragosto, o patrão. Muitas lideranças dos agentes de saúde de Salvador, puerilmente , fazem dessa estratégia um instrumento de luta, que só prejudica a categoria.
A proposta de Enádio foi muito sensata, aliás, esse sindicalista tem demonstrado que vem amadurecendo nas políticas sindicais e cada vez mais conduz a luta dos agentes de saúde com muita inteligência. Na primeira reunião da Mesa de Negociação com os gestores, não hesitou em permitir que outras lideranças participassem também do encontro, embora só a Aaces estivesse agendada. Isso é humildade, é colocar os interesses da categoria acima das divergências pessoais e político-sindicais. Infelizmente, só Enádio tem se permitido aprender com as dificuldades e não ficar preso às vaidades que troca os interesses coletivos pelos pessoais.
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