O prefeito ACM Neto deu demonstração do que significa ter o poder da caneta na mão e da subserviência da maioria absoluta dos vereadores da Câmara de Salvador. Exerceu todo seu poder de mando ao determinar que todos os 12 vetos a projetos de vereadores fossem mantidos, entre os quais estava o ao PL125/2019, que enquadra os agentes de saúde no "Grupo Profissionais de Saúde", o que permitia que os servidores pudessem acumular cargo público.
Na verdade, não foi nada contra os agentes ( a aprovação do projeto de lei não traria nenhuma oneração aos cofres públicos), mas foi a necessidade de mostrar poder político sobre a Casa Legislativa e sobre os vereadores que se contrapõem , ferozmente, ao mandatário da capital baiana, sobretudo o líder da minoria, o vereador Sidninho (Podemos), autor do PL 125/2019. É sabido de todos a animosidade alimentada entre Neto e o presidente da Câmara, Geraldo Júnior (SD), além das críticas ferrenhas de Sidninho ao alcaide. Manter os vetos, portanto, fazia-se necessário como forma de impor derrota política aos dois legisladores. Como a corda quebra do lado mais fraco, foram os agentes de saúde que sofreram as consequências.
Talvez o fato da Mesa de Negociação não ter ocorrido nesta semana, como estava prevista, tenha sido respingo ainda do ocorrido na quarta-feira (11), quando os vetos foram apreciados e mantidos por 21 votos a favor e 12 contra. O prefeito ACM Neto não gosta de ser contrariado, e, quando isso acontece, costuma se vingar; basta ter em mente que os vereadores da oposição apoia o pleito dos trabalhadores, especialmente o Piso Nacional. É uma questão de afirmar quem realmente manda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário