A construção de muros pode ser justificada por um bom motivo: a proteção. Mas há aquelas razões escamoteadas, que estão sob a égide da xenofobia, da discriminação ou do nacionalismo egoísta. A fanática intenção, por exemplo, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em construir um muro na fronteira com o México é uma prova cabal disso. Trump tem discurso conservador e não tolera os imigrantes que buscam dias melhores no estado americano. Demonstra desprezo e desumanidade com essas pessoas. Chegou ao absurdo de separar filhos dos pais que entravam ilegalmente no País, um ato monstruoso e desumano condenado pelo mundo.
Os muros não resolvem as mazelas que atingem a sociedade. Podem até oferecer uma solução paliativa, mas estão longe de dar cabo às dificuldades que maltratam e oprimem o ser humano. Na verdade, eles gritam para serem derrubados, porque representam solidão, distanciamento e falta de liberdade. O mundo todo assistiu extasiado à derrubada do Muro de Berlim, construído a partir do ano de 1961 e colocado no chão da esperança em 1989. Mais uma evidência de que construir para separar não fomenta a paz nem a convivência minimamente saudável.
Em vez disso, é preciso que pontes sejam construídas. Elas possibilitam a aproximação, o diálogo e o encontro, elementos primordiais para o primeiro passo rumo em busca de superação dos males que afligem a humanidade. Não é uma tarefa fácil, mas árdua. Isso porque exige o comprometimento com a construção de um mundo melhor, com a justiça social, com a alteridade e compaixão por quem sofre, valores tão relegados pelas sociedades, sobretudo aquelas movidas pelo consumismo selvagem e pelo individualismo, que fomentam uma atitude de indiferença às necessidades do próximo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário