Os muros não resolvem as mazelas que atingem a sociedade. Podem até oferecer uma solução paliativa, mas estão longe de dar cabo às dificuldades que maltratam e oprimem o ser humano. Na verdade, eles gritam para serem derrubados, porque representam solidão, distanciamento e falta de liberdade. O mundo todo assistiu extasiado à derrubada do Muro de Berlim, construído a partir do ano de 1961 e colocado no chão da esperança em 1989. Mais uma evidência de que construir para separar não fomenta a paz nem a convivência minimamente saudável.
Em vez disso, é preciso que pontes sejam construídas. Elas possibilitam a aproximação, o diálogo e o encontro, elementos primordiais para o primeiro passo rumo em busca de superação dos males que afligem a humanidade. Não é uma tarefa fácil, mas árdua. Isso porque exige o comprometimento com a construção de um mundo melhor, com a justiça social, com a alteridade e compaixão por quem sofre, valores tão relegados pelas sociedades, sobretudo aquelas movidas pelo consumismo selvagem e pelo individualismo, que fomentam uma atitude de indiferença às necessidades do próximo.
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