Foto: Claudia Cardozo/ Bahia Notícias
Chefe da Casa Civil do Estado da Bahia e ex-funcionário da OAS, Bruno Dauster afirmou que a Operação Lava Jato pode ser apenas uma “árvore” no começo da floresta da corrupção. Dauster assiste hoje, como secretário de Estado, uma devassa nos contratos da OAS com a Petrobras firmados durante os governos do PT, mas alerta para outros casos de corrupção antes dos governos petistas. “A corrupção é muito mais ampla que a Lava Jato. O enfoque que a mídia dá é de interesse político e tem de ser analisada politicamente. Se todos tivermos um compromisso com a justiça, com a probidade, vamos avançar, mas isso tem que ser a sociedade toda. A Lava Jato é um momento, corrupção, infelizmente, é muito mais ampla. A gente vê que uma das delações fala que houve repasses para presidente do PSDB, para a oposição, antes da administração do PT, na época de FHC. Ou seja, até mesmo talvez em Sarney e na ditadura - que se caracterizou por níveis de corrupções altíssimos”, relembrou. Ainda de acordo com Dauster, ele não está no governo por indicação da OAS e uma prova disto foi a empresa ter perdido a licitação do Metrô de Salvador. “Eu havia saído da OAS há 3 anos, quando fui indicado para Casa Civil. Na OAS, atuei na implantação da Linha Amarela no Rio de Janeiro, na Linha Verde aqui na Bahia e não sei se a OAS gostaria, ou não, da minha indicação, pois todos sabem que a OAS participou do processo do metrô, quando eu estava na Casa Civil e a empresa não ganhou”, sugeriu. Ainda de acordo com Dauster, ele não teve nenhuma participação nos contratos que são investigados pela Lava Jato. “Na minha última passagem pela empresa, eu estava muito ligado a um projeto no Peru. Não participei de nenhuma das negociações da Lava Jato. Não tenho dúvida nenhuma, e acho que essa é uma posição do governo do estado, que já vi Rui falar mais de uma vez: quem errou, quem cometeu malfeito, tem que ser punido, nenhuma dúvida sobre isso”, defendeu.
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