Foto: WikiCommons
A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que a epidemia do vírus ebola na África Ocidental conseguiu ficar sob controle em 2015, apesar de aparecer ainda alguns casos nos países afetados, que esperam superar a situação definitivamente em 2016. Essa foi a epidemia mais grave da doença, desde que ela foi descoberta, há mais de 40 anos. No total, foram contabilizados 28.601 casos, sendo que 11.299 morreram. O número de vítimas diminuiu de forma contínua nos últimos meses e em novembro foram registrados apenas três casos, todos na Libéria, que havia sido considerada livre da doença no início de setembro. Para a OMS, a cadeia inicial de transmissão do vírus está enfraquecida e que esses casos estão relacionados com pessoas que superaram a doença, mas que mantêm no organismo resíduo do vírus e podem transmiti-lo. Um estudo realizado durante a epidemia apontou que o sêmen de homens contaminados com ebola pode conter o vírus por até nove meses, e essas podem ser as razões por algumas infecções recentes na Libéria. "Há evidências de que haverá casos de vírus (proveniente) de população convalescente que teremos que acompanhar", explicou recentemente o diretor-executivo da OMS para emergências de saúde, Bruce Aylward. O vírus do ebola no sêmen dos homens contaminados pode desaparecer nos próximos doze meses. A OMS investiu em ações de prevenção ao vírus nos últimos anos. A Guiné, Libéria e Serra Leoa contam, cada um, com três equipes de especialistas prontos entrar em pleno funcionamento em 48 horas e com capacidades para responder a um ressurgimento de casos, como ocorreu recentemente na Libéria. Em novembro deste ano, a Serra Leoa foi declarada livre do ebola e agora está submetida a um período de vigilância sanitária de 90 dias, que terminará no dia 5 de fevereiro caso não se registre nenhum caso novo até então. A Guiné não registra nenhum novo caso há 42 dias. A vacina contra o vírus superou as primeiras fases de teste e pode ser oferecida a pessoas em risco de contrair o ebola. Esse produto ainda não conta com as autorizações necessárias e só deve ser utilizado em testes ou casos particulares.
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