Foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados
Após um novo revés na apreciação do processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética, o presidente do órgão, José Carlos Araújo (PSD-BA), afirmou estar “cercando todas as entradas e saídas” para evitar novas postergações da votação do relatório preliminar da matéria. “Marquei para quinta, sexta de manhã e terça de manhã. Ele esperava que tivesse me dado um golpe. Jamais esperava a reação incontinente”, sugeriu Araújo nesta quarta-feira (9) ao Bahia Notícias. Segundo ele, o Conselho vai questionar a destituição do relator Fausto Pinato (PRB-SP) ao plenário e até “recorrer ao papa” se necessário. “Vou recorrer a todas as instâncias possíveis”, garantiu o presidente do Conselho de Ética. Para evitar outros adiamentos, Araújo escolheu o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) como relator enquanto não segue com o questionamento da substituição de Pinato (veja aqui). “Ainda não está completamente definido, mas estamos trabalhando na linha de tocar de onde estava para a frente e não retroagir. A lei não foi feita para retroagir. Inclusive, a substituição não torna os atos nulos – até porque não tem ato”, informou o parlamentar baiano. Apesar de Cunha ter sugerido que o Conselho de Ética se utilizou de um “golpe” para nomear Pinato, Araújo endossou que a prática para a escolha do paulista para a relatoria do processo obedeceu aos usos de outras comissões da Câmara, já que atualmente o bloco do PMDB é composto apenas pelo DEM. “Se não tivesse pulso, eu teria sido derrotado”, frisou o deputado, que desempatou contra o adiamento da apreciação da admissibilidade do processo (veja aqui), momentos antes da decisão monocrática (veja aqui) do vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de determinar o impedimento de Pinato.
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