quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Por que celebro o Natal?

Costumo dizer que esta época do ano é a melhor para mim. Falo por causa da dimensão religiosa e, consequentemente, do mar de emoções no qual me vejo imerso. Há quem diga que as festas de final de ano são monótonas e melancólicas, recheadas de tristezas. Alguém vai mais longe ao afirmar que elas também são pura falsidade: as pessoas não se relacionam no ano inteiro, mas, no seu término ,vêm com as felicitações... Seja como for, sempre haverá aqueles que amam e aquelas pessoas que não veem graça nesses festejos.

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Já explicitei que gosto muito, sobretudo do Natal, quando celebramos a liturgia do nascimento de Jesus. Digo liturgia, porque não se trata de uma data histórica, não quer se afirmar que Jesus tivesse nascido em 25 de dezembro. Os cristãos apenas lançaram mão de uma festa que já existia no Império Romano, o Solstício Solar, realizada  nessa data,  para afirmar que Jesus era o verdadeiro Deus, " o Astro das alturas, para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, para guiar nossos passos no caminho da paz", como afirma Lucas (Lc 1,78-79).  Sendo assim , você já observa que o aspecto religioso dos festejos ganham muita relevância para mim.

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Não nego, no entanto, o tom melancólico e mesmo tristonho que nos acomete ao festejarmos o Natal, bem como o Ano Novo, mas é natural essa sensação psicológica: estamos no final de um ciclo para começar outro, e o peso dos projetos realizados ou não, as perdas de entes queridos , as frustrações e os sofrimentos vêm cobrar presença no relatório final do ano. Daí, a confusão do Natal e do Ano Novo com essas sensações.

Para além disso, devemos no agarrar aos sentimentos de fraternidade, paz e, especialmente, de esperança que o Natal vem nos proporcionar. Jesus encarna a síntese disso, independentemente de profissão de fé. Não se trata de hipocrisia, como alguns afirmam, mas de reabastecermos as baterias de esperança e reconhecermos que não somos perfeitos, porém que podemos melhorar. Melhorar sempre!

Essa é a razão de tanto gostar dessa época. Trata-se de uma oportunidade singular de refletirmos sobre nossa caminhada durante o ano ( não para nos punir, lamentar e nos afogar nas lamentações sem fim) e tocar o barco para frente, guiado pela fé, pela esperança e pelo amor. Nesse quisito, Jesus é doutor. Por isso festejo seu nascimento, torcendo que eu dê espaço para que sua mensagem encontre abrigo durante todo novo ano que se avizinha. Sem essa consciência, não vejo muita graça em fazer suculentas e gostosas ceias, precupar-se em presentes. A falta de moderação nisso pode até negar o espírito natalino.

Não sei se você pensa assim, mas quero lhe desejar um Natal repleto de novas perspectivas de vida, apostar sem medo na fraternidade, na paz e no amor. Ou seja, desejo sua felicidade.

Feliz Natal!



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