sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Sindicalista questiona cálculos das bolsas de estudos da Prefeitura de Salvador: “Merece nota zero


   

 

Um grave erro matemático. Assim tem sido considerado pelos servidores municipais, a concessão da auxílios do Programa de Bolsa de Estudo (PBE) para dependentes destes trabalhadores.
A gestão municipal divulgou no início da semana que disponibilizou cerca de R$ 12,7 mi para atender a 1.300 (mil e trezentos) servidores. Valendo-se do verbo agraciar, a nota veiculada trata uma conquista da categoria que existe há mais de trinta anos como uma benesse do atual prefeito.
Os números apontam que no ano de 2015 foram aportados R$ 11.854.642,51 (onze milhões, oitocentos e cinquenta e quatro mil, seiscentos e quarenta e dois reais e cinquenta e um centavos) para o PBE. A nota informa ainda que foi feito um incremento de 10% (dez por cento) em relação ao ano anterior (R$ 1.185.464,25), notadamente um erro matemático, pois o percentual dito elevaria o valor para 13.040.106,76 (treze milhões, quarenta mil, cento e seis reais e setenta e seis centavos).
Segundo o coordenador administrativo do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Bruno Carianha, o incremento se fosse calculado devidamente possibilitaria incluir mais beneficiários no programa e evitaria as centenas de reclamações que estão sendo feitas por servidores que não foram contemplados após efetuarem matrículas de seus dependentes nas escolas participantes do PBE para o ano de 2016. “Os servidores começam a disputar as bolsas dentro dos critérios estabelecidos no decreto ainda no mês de dezembro do ano anterior. Matricularam seus filhos nas escolas e aguardaram o sorteio. Não conseguir o auxílio por erros de cálculos de quem representa a gestão pública e não pode errar é uma frustração que fica para o ano inteiro para os pais e principalmente para os filhos”, declarou Carianha.
Segundo matéria do jornal A Tarde (12/12/2015), o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particular do Estado da Bahia (Sinepe) sinalizou ao Procon-BA que o reajuste médio das mensalidades escolares seria na ordem de 15% (quinze por cento). Mesmo sem o anúncio oficial do percentual, a reportagem apurou que existiram acréscimos acima de 17% (dezessete por cento).
“No ano de 2015, um decreto estabelecia que o incremento seria baseado nos reajustes praticados pelas escolas. Para 2016, o texto foi modificado e essa exigência foi retirada e assim a gestão pode fazer ao seu bel prazer ou talvez porque os responsáveis pelos cálculos prefiram assim para justificar possíveis erros matemáticos que venham a cometer. Agora existem dois problemas: além dos servidores que não foram contemplados, aqueles que conseguiram as bolsas terão que disponibilizar mais recursos para custear a educação dos filhos. Esse sacrifício será para que as crianças não cometam erros como esses que os gestores estão fazendo com operações simples. Esse tipo de erro merece nota zero”, disparou o sindicalista.
Política na Rede

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