Foto: Tatiana Azeviche / Setur
A festa de Santa Bárbara, realizada há 374 anos em Salvador, será monitorada neste ano para a renovação do título de ‘Patrimônio Imaterial da Bahia’. A documentação de todas as etapas da manifestação cultural, nesta sexta-feira (4), será feita por uma equipe multidisciplinar do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac). Um dossiê será elaborado para pleitear a manutenção do título. “Trata-se de uma obediência legal”, ressalta o diretor geral do Ipac, João Carlos de Oliveira. A Lei estadual nº 8.895/2003, regulamentada pelo decreto estadual nº 1039/2006, determina que os Bens Culturais Intangíveis que são protegidos pelo Registro Especial sejam documentados de cinco em cinco anos, para que o título possa ser renovado. “A Festa de Santa Bárbara existe por um desejo espontâneo do povo, de pessoas e de uma comunidade. Como toda manifestação cultural, e com mais de três séculos de existência, é natural que mudanças possam ocorrer. Por isso, a lei determina esse monitoramento”, explica João Carlos. O gestor ainda acrescenta que a equipe do Ipac não pode interferir no evento. “As manifestações culturais são vivas, ou seja, existem somente porque dezenas de gerações mantiveram essas tradições, como é o caso da Festa de Santa Bárbara, por isso, é natural que também ocorram mudanças; mas, o importante é não sofrer descaracterização completa”. De acordo com o gerente de Patrimônio Imaterial do Ipac, Roberto Pellegrino, especialistas do órgão, como sociólogos, antropólogos, historiadores e fotógrafos, participam da documentação. “Na metodologia, utilizaremos registros escritos e imagéticos, além de entrevistas com os principais agentes dessa manifestação cultural”, disse Pellegrino. O novo dossiê deve ficar pronto em fevereiro de 2016, quando será anunciada a possibilidade da renovação do título.
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