"Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, e sim aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus" ( Mt 7,21).
O trecho do Evangelho de hoje é provocador e desconcertante. Há pessoas que se ostentam com grandes feitos que fazem em nome de Deus. Dizem que operam milagres, fazem profecias e até expulsam demônios. Isso não quer dizer absolutamente nada, mas nada mesmo!, se estão comprometidas com a maldade e toda espécie de ações contra o seu próximo. Quantas lideranças religiosas, cinicamente, manipulam, extorquem e exploram seus seguidores? Mas não só eles, quantas vezes discriminamos, maltratamos as pessoas por puro preconceito? Falamos mal, alimentamos fofocas e nos sentimos os mais puros seguidores de Jesus. Enganamos a plateia, a nós mesmos, mas não a Deus. É impossível praticarmos a maldade e professarmos a fé no Senhor. "Afastem-se de mim, vocês que praticam a maldade" (Mt 7,23).
Nossa profissão de fé só encontra sentido e razão de ser se nossas ações buscam ( mesmo diante de nossas fraquezas) fazer a vontade de Deus. Essa vontade sempre está em relação ao próximo, sobretudo aquele que mais precisa, independentemente de classe social, gênero, cor da pele, orientação sexual e religião. O próprio evangelista nos aponta essas ações concretas quando Jesus afirma "Tive com fome e vocês me deram de comer, tive sede e me deram de beber, era estrangeiro e me acolheram, estava doente e me visitaram, estava na cadeia e vieram me ver" (Mt 25, 35-36). A vida da Santa Dulce dos Pobres é um exemplo de solidariedade aos pobres para nós. Ou seja, quando nossa fé nos leva a atender às necessidades das pessoas que precisam de nossa ajuda, ela expressa decididamente a vontade de Deus, segundo o Evangelista Mateus.
Neste Tempo do Advento, peçamos ao Senhor a graça e o compromisso de nossa fé expressar no dia-a- dia a vontade do Pai que está nos Céus.
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