Certamente, hoje, dia 2 de novembro, quando se celebra o Dia dos Fiéis Defuntos, Dia dos Mortos ou Dia dos Finados, como mais conhecemos, os cemitérios vão estar lotados, muitas pessoas indo homenagear seus entes queridos que já partiram desta vida. É um momento que desperta saudade e tristeza. A morte é uma das poucas certezas (talvez a única) que temos na nossa existência. Mas por que fazemos esta homenagem aos defuntos?
Trata-se de uma questão de fé. É uma celebração cristão-católica e se assenta na esperança da ressurreição. Disse Jesus: "Eu sou a ressurreição. Quem acredita em mim, ainda que morra, viverá. E todo aquele que vive e acredita em mim, não morrerá para sempre" (Jo 11,25-26). É uma feliz esperança nas promessas de Cristo. Essa é a principal razão de se comemorar os finados.
"Porque eterno é seu amor!" (Sl 136 (135),1), confiamos à sua misericórdia todos aqueles que já morreram, cuja fé só Ele conhece. Quem já morreu nada pode fazer por si, mas nossa solidariedade, expressa na oração amorosa ao Senhor pode ajudar a perdoar os pecados. O próprio Mestre sinalizou que há pecados que podem ser perdoados mesmo depois de nossa morte: "Se alguém disser algo contra o Filho do Homem, isso lhe será perdoado. Mas se alguém disser algo contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem no presente, nem futuro" (Mt 12,32). A morte não é suficiente para nos separar do amor de Deus nem do amor solidário dos irmãos. Como bem afirma São Paulo, "Nem a morte, nem a vida poderá separar-nos do amor de Deus, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8,38-39). Ou seja, o amor aos irmãos falecidos e a confiança na misericórdia divina é outra razão por que rezamos e celebramos o Dia dos Finados.
As Sagradas Escrituras, no 2º livro dos Macabeus, mostram-nos como os judeus daquela época acreditavam na ressurreição e na misericórdia de Deus ao oferecerem sacrifícios para o perdão dos pecados dos falecidos, aliás, é a fé na ressurreição que fundamenta isso. "Se não tivesse esperança na ressurreição dos que tinham morrido na batalha, seria coisa inútil e tola rezar pelos mortos. Mas, considerando que existe uma bela recompensa guardada para aqueles que são fiéis até a morte, então esse é um pensamento santo e piedoso. Por isso, mandou oferecer um sacrifício pelo pecado dos que tinham morrido, para que fossem libertados do pecado." ( 2ºMc 12,44-45).
Que o amor pregado por Jesus Cristo seja nossa bússola nesta vida tão tumultuada, de modo que o amor perpasse toda nossa existência. Rezemos pelos nossos falecidos, confiantes na ressurreição, promessa de Cristo, e na misericórdia de Deus, nosso Pai.
Im memoriam de :
Pompilho Ribeiro, meu avô;
Aninha, minha tia;
Nívea, minha prima;
Isaías e Gilmário, meus companheiros;
Andréa, minha amiga;
Carlos, Tonho e Robson;
D. Laura, mãe de Janete;
Beja, Jão e D. Benedita;
Seu Clóvis e D. Elenita;
Seu Armando;
O pai de Elda;
Tim e D. Das Dores;
D. Roxa e Geraldo;
A filha de Vermelho;
Seu Antonio de Maria Baixinha;
O esposo de D. Nalvinha;
Du e Caboquinha;
Seu Antônio;
Irmã do dono da Nutri;
D. Elza
Pina, pai e D. Maria;
Gilson e a mãe;
Seu Checa e esposa;
Seu Cândido e esposa;
Pitinga e Bolagato;
Mãe de Márcia Trindade;
Por todos falecidos, conhecidos ou não, cuja fé só o Senhor conhece; que Deus os guarde na sua misericórdia de Pai todo amoroso. Por Cristo, nosso Senhor, amém.