Não bastassem as investidas da Confederação Nacional de Municípios (CNM) contra a derrubada do veto que suspendia o reajuste do piso salarial nacional dos agentes comunitários de saúde (ACSs) e agentes de combate às endemias (ACEs), agora mais um inimigo da categoria entra ação para prejudicar os trabalhadores: a Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
As instituições têm em comum a mesma velha e obsoleta argumentação de que as finanças das prefeituras não comportam o impacto financeiro do reajuste. Só não informam que os agentes de saúde não veem seu piso corrigido há quatro anos, bem como os municípios recebem recursos federais de 95% para custeá-lo. Sendo assim , essas lamúrias dos gestores não se fundamentam, pelo menos no que desrespeito a esses servidores.
Apesar disso, a FNP afirma que já está tomando providências para judicializar a questão, de modo que o reajuste não seja aplicado a parti de janeiro de 2019. Ou seja, os ACEs e ACSs vão enfrentar uma batalha para ter seu direito garantido.
A categoria já está consciente de que os prefeitos não a valorizam e fazem de tudo para tirar os direitos garantidos e impedir que novas conquistas possam ser alcançadas. "É lamentável essa postura dos gestores em querer impedir o reajuste do piso dos agentes de saúde, mas vamos resistir", afirmou o diretor da Associação dos Agentes Comunitários e de Endemias de Salvador (Aaces) Cléber Bispo.
Com a derrubada do veto, o piso salarial nacional passaria a R$1.250,00 em janeiro de 2019; a 1.400,00, em 2020; a R$1.550,00, em 2021. Uma correção justa para trabalhadores que não recebem reajuste há quatro anos.
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