segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Evangélicos que votam em Bolsonaro desconsideram ensinamento de Jesus

Na última pesquisa do Ibope,  divulgada no dia 11 de setembro, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) liderava com 33% a preferência do eleitorado evangélico. O que chama atenção é o fato de o candidato defender ideias que estão frontalmente contra o que Jesus ensina nos Evangelhos. Ainda assim, isso não consegue sequer estremecer o apoio da maioria evangélica ao candidato.

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Bolsonaro, apesar de ser evangélico, defende publicamente a tortura, como fez elogios ao ex-chefe do DOI-CODI Ustra, conhecido torturador na ditadura, durante a votação pelo afastamento da presidenta Dilma. Além disso, faz apologia a ideia de que" bandido bom é bandido morto". Nessa lógica de raciocínio, se o candidato estivesse entre aqueles que flagraram  a mulher em adultério, episódio registrado no Evangelho de São João 8, 1-11, certamente não só defenderia o apedrejamento da pobre mulher, como o de Jesus também, por ser defensor de criminoso. Ou seja, perdão, ressocialização são princípios que não cabem na moral dele quando o próximo for transgressor da lei.


Ao analisar isso,  uma reflexão do teólogo Leonardo Boff vem à tona, ao afirmar que as igrejas são uma tentativa de interpretar o sonho de Jesus. Os evangélicos que apoiam Bolsonaro, neste caso, são um pesadelo nos princípios cristãos; vão contra  o ensinamento de Jesus que diz: "Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem,  para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos" (Mt 5,44-45).


Sendo assim, algo está errado com essa parcela  religiosa que intenciona votar no presidenciável. Ou nunca seguiu os ensinamentos do Mestre, ou está cegamente alienada, ou coloca os interesses políticos acima do Evangelho. Ainda existe a possibilidade de estar seguindo a orientação dos seus líderes evangélicos sem confrontá-la com o que Jesus pregou. A conversão, entretanto, aínda é possível aos 33% que pretendem votar em Jair Bolsonaro em 7 de outubro.














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