Foto: Iconogenic / Getty Images
Uma pesquisa divulgada recentemente pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), feita em parceria com os laboratórios Bayer, revela que os jovens possuem poucas informações sobre sexo. Grande parte deles inicia a vida sexual entre 16 e 18 anos de idade, mas possuem vergonha de falar sobre sexo e métodos contraceptivos. De acordo com a pesquisa da EFM-Unifesp, 53% das mulheres têm a primeira relação sexual neste período, mas 60% delas não se sentem confortáveis em tocar nestes assuntos. Apenas 31% das entrevistas relataram já ter tido uma conversa positiva sobre sexualidade com os pais ou responsáveis. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que este desconhecimento entre os jovens é uma situação mundial. Cerca de 16 milhões de meninas entre 15 e 19 anos dão à luz todo ano, a maioria em países de baixa ou média renda, segundo dados de 2014. De acordo com O Globo, Ana Salles tinha um relacionamento de oito meses quando engravidou de forma não planejada de Ana Christina, hoje com 8 anos. Na época, ela tinha 15 anos, e havia perdido a virgindade pouco antes. “Minha mãe achava um absurdo uma menina da minha idade tomar anticoncepcional. Agora sei que isso era uma ignorância da parte dela”, lembra Ana. Segundo a publicação, as principais causas da gravidez não planejada são falta do uso de métodos contraceptivos seguros, mau uso dos métodos escolhidos, além de acomodação do casal com a prevenção. O estudo ouviu duas mil mulheres com 14 anos ou mais, em quatro capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. Quase 70% das participantes tinham entre 14 e 25 anos. De acordo com o médico Afonso Nazário, chefe do Departamento de Ginecologia da Unifesp e responsável pelo estudo, a gravidez prematura os gravidez pode trazer efeitos arrasadores sobre as adolescentes. “Na pesquisa, a maioria das adolescentes revelou que a maior preocupação é com futuro e com o risco de a gravidez atrapalhar o desenvolvimento profissional. Mas há uma série de intercorrências clínicas também: a pré-eclâmpsia (hipertensão arterial específica da gravidez) é mais comum em mães muito jovens ou tardias, e pode ser fatal. Ainda há risco de trabalho de parto prematuro, ruptura de membranas e maior incidência de cesarianas”, explica.
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