por Alexandre Galvão/Ricardo Luzbel
Foto: Brizza Cavalcante/ Agência Câmara
O pedido de vista que adiou, por uma semana, a apreciação do relatório do Conselho de Ética que é favorável ao processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), partiu do deputado baiano Sérgio Brito (PSD). Brito foi apontado, meses atrás, como um dos parlamentares aliados a Cunha que, em 2011, usou de requerimentos para constranger o doleiro Alberto Youssef e manter o suposto repasse de propinas oriundas da Petrobras. Segundo O Globo, os requerimentos foram protocolizados por Solange Almeida (PMDB-RJ), mas tiveram endosso de Sérgio Brito, que, à época, presidia a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. Além desta ligação com Cunha, Brito é correligionário do senador baiano Otto Alencar – que disse ter orientado aos deputados baianos no conselho a votaram pela cassação do peemedebista - e do presidente do colegiado, o deputado José Carlos Araújo – também baiano. Especula-se, nos bastidores, que Brito pode se beneficiar com a defesa que faz de Cunha. Ele pode, de acordo com interlocutores, ganhar um cargo na Secretaria de Patrimônio da União (SPU) para aninhar algum correligionário.
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