Auxílio fardamento e os agoureiros de plantão

A concessão do auxílio fardamento aos agentes de combate às endemias (ACEs) e agentes comunitários de saúde (ACSs) pela Prefeitura de Salvador é resultado de uma luta  assumida  pela Associação dos Agentes Comunitários e de Endemias de Salvador (Aaces) há tempos. A Guarda Civil  e a Transalvador enveredaram também por essa batalha, mas foram contempladas  bem antes dos  agentes de saúde.

Com a publicação de decreto ontem (24), os ACEs e ACSs também passam a receber o benefício. Apesar de ser uma conquista à categoria, os valores estipulados pela gestão não contemplam as necessidades  dos trabalhadores. Por isso,  choveram críticas: umas justas, outras nem tanto...

Não há dúvidas de que o auxílio é uma conquista, fruto de idas e vindas à Secretaria Municipal de Gestão (Semge), de persistência e de muita cobrança da Aaces. Dessa forma, o déficit de uniformes dos agentes será equacionado, sobretudo o dos ACSs. A única crítica justa, porém, é a de que o valor é muito pequeno, certamente não é suficiente para adquirir todos os itens de que precisam os servidores. Mas só isso.

Como se tata de uma bandeira cara defendida pela Aaces, os agoureiros levantam-se dos túmulos esquecidos para criticar. Falam até de arapuca; arapuca só mesmo da inveja e dor de cotovelo  não reveladas. Esclareçamos:

Pelo decreto, o valor será depositado na conta dos agentes de saúde todo mês de fevereiro, os quais terão até dezembro para apresentar a notal fiscal. Caso não prestem conta,  a quantia será descontada no 13º. Só isso. No entanto, os esqueléticos agoureiros, aqueles que ralam os cotovelos no asfalto por inveja da Aaces, afirmam que os ACEs e ACSs correm o risco de sofrer processo administrativo. 

Ora, qualquer servidor corre risco de sofrer processo administrativo, desde que ande cometendo alguma irregularidade. Sutilmente, quem critica  o benefício como possibilidade de processo administrativo está afirmando que os agentes de saúde são irresponsáveis e desonestos.

Infelizmente, há quem dê ouvido a essa gente, deixando de seguir as orientações de que quem está verdadeiramente comprometido com os interesses da categoria. Neste momento, o importante é questionar o valor determinado pela prefeitura, a fim de que seja reajustado; garanto que a Aaces vai correr atrás. E os agoureiros?Os agoureiros... bem...  vão semeando o veneno...