quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Nível de instrução dos pais é determinante na formação dos filhos, aponta IBGE

Nível de instrução dos pais é determinante na formação dos filhos, aponta IBGE
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
O nível de escolaridade dos pais é fator determinante na formação e no rendimento dos filhos. A conclusão é do estudo Suplemento de Mobilidade Sócio-ocupacional, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2014, lançado nesta quarta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O levantamento mostra que entre os pais que não eram alfabetizados aos 15 anos, 23,6% dos filhos também não eram na mesma idade e apenas 4% completaram o nível superior posteriormente. Entre os pais com nível superior completo, apenas 0,5% dos filhos não tinham instrução aos 15 anos e 69,1% completaram o nível superior. O levantamento foi feito com pessoas a partir dos 35 anos e que moravam com o pai aos 15. Em se tratando do rendimento médio desses trabalhadores, a escolaridade do pai também apresenta forte influência: entre os que não possuem instrução o valor varia entre R$ 717 para quem não tem pai instruído e  R$ 2.324 para quem tem pai com nível superior completo. Na população de trabalhadores com nível superior completo, a renda varia de R$ 2.603 quando o pai não tem instrução a R$ 6.739 quando o pais também tem nível superior. A análise apresenta leve variação quando se trata da escolaridade da mãe, mas a tendência permanece a mesma observada com os dados do pai. O levantamento feito pelo IBGE analisou ainda a idade em que a pessoa entrou para o mercado de trabalho. Filhos de trabalhadores agrícolas começaram a trabalhar até os 13 anos em 59,6% dos casos. O percentual cai para 7,5% entre os filhos de profissionais das ciências e das artes, que entraram no mercado de trabalho entre s 20 e 25 anos - 30%. Cerca de 40% dos filhos de trabalhadores de serviços administrativos começaram a trabalhar entre os 14 e 17 anos; o percentual sobe para 48,9% entre os filhos de trabalhadores da produção de bens e serviços e de reparação e manutenção. Filhos de pais com carteira assinada entram no mercado de trabalho até os 13 anos em 46,6% dos casos; já os filhos de militares e funcionários públicos estatutários nessa categoria representam 15,2%. Do total de entrevistados, 33,4% seguiram a ocupação dos pais, 47,4% melhoraram suas condições de trabalho e 17,2% ocuparam postos com maior vulnerabilidade e menor rendimento. 
 
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