terça-feira, 17 de março de 2020

Sem EPI, ACS e ACE de Salvador trabalham ainda mais expostos ao coronavírus

A maior preocupação de estados e municípios é criar estratégias que contenham a disseminação acelerada do coronavírus. Por isso, aglomeração de pessoas está proibida, parques públicos, cinemas, escolas, bibliotecas e museus já estão suspendendo o funcionamento. Isso porque os infectologistas advertem sobre o risco desses locais, por concentrarem muitas pessoas, serem disseminadores em potencial de vírus.  Além disso, os especialistas prescrevem a necessidade de lavar as mãos constantemente com água e sabão ou utilizar o álcool em gel 70, evitar abraços e manter a distância entre as pessoas de, no mínimo, 1,50 cm.

 As atividades do agente de combate às endemias (ACE) e agente comunitário de saúde (ACS) os expõem a uma constante  situação de risco. Esses profissionais exercem suas funções diretamente em contato com a população, quer em atendimentos em unidades de saúde, quer em  visitas a domicílios.

Por isso, além de terem uma exposição ao coronavírus em decorrência das próprias atividades realizadas, o ACE e ACS de Salvador enfrentam um outro agravante que é a falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI). No caso específico, máscaras e álcool em gel 70. Como podem trabalhar assim?

O secretário de Saúde, Léo Prates, já se manifestou afirmando que houve problema com a empresa fornecedora. Sim, e daí? Enquanto não se resolve, os agentes de saúde ficam reféns de uma possível infecção pelo coronavírus? Não seria mais prudente e sensato suspender as atividades dos servidores até que as máscaras e álcool em gel sejam providenciados?  Por pusilanimidade nas ações preventivas, a Itália está pagando um alto preço. Os agentes da capital baiana também serão vítimas desse mesmo descaso?

Um comentário:

  1. É as vezes é impossível manter um distanciamento das pessoas que insistem em falar próximo ao nosso rosto, as residências São muito pequenas!!! O pior pode acontecer.

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