O maior problema dos agentes de saúde da capital baiana hoje, em tempos de pandemia do coronavírus, é a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) para que os servidores possam realizar suas atividades com o mínimo de proteção. Sabe-se que a função dos trabalhadores, intrinsecamente os expõe a uma situação de risco. Isso porque o contato direto com as pessoas é constante. Portanto, sem esses EPIs, as atividades deveriam ser suspensas até que máscara e álcool em gel fossem providenciados.
O comunicado do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) ao campo hoje (18) tenta mitigar o problema, mas não o resolve, já que o contato dos profissionais com as pessoas continua, portanto a exposição a uma possível infecção pelo coronavírus torna-se possível.
A simples suspensão da visita intradomiciliar não é suficiente para proteger os agentes, apenas serve para que o trabalho seja feito de forma insatisfatória, além de impedir que reservatórios focados deixem de ser devidamente inspecionados e tratados; confira o texto do comunicado na íntegra.
Salvador, 18 de março de 2020
CI GCZO/SUGARBO Nº 80/2020
COMUNICADO AO CAMPO Nº 02
Sabe-se que o município vem enfrentando um cenário epidemiológico, com aumento do número de casos suspeitos e confirmados de dengue, zika e chukungunya, em relação ao ano de 2019. No entanto, paralela a esta condição, o município também já registra a ocorrência de casos de COVID19 e vem se preparando, através de medidas preventivas, para impedir ou retardar o avanço do novo Coronavírus (Covid-19) no território.
Desta forma, o Centro de Controle de Zoonoses, considerou como necessária a aplicação imediata de algumas medidas preventivas temporárias à forma de trabalho dos ACEs que atuam diretamente na visita aos imóveis.
Para tanto, o Centro de Controle de Zoonoses orienta que sejam tomadas as seguintes medidas imediatamente:
1. Nas atividades dos ACEs, durante a visita ao imóvel, sejam restritas à área peridomiciliar. Dessa forma, ficará temporariamente suspensa a inspeção na área intradomiciliar, com consequente reforço das orientações ao morador sobre a identificação de criadouros e a sua eliminação como ação essencial ao controle vetorial do Aedes.
2. Intensificação como ações complementares as visitas a terrenos baldios, ações do chaveiro, mutirões de limpeza e bloqueio de transmissão que visam a eliminação de focos larvários e consequente diminuição da circulação viral.
Isolina Miguez Allem Ciuffo Eliaci Couto de Lima Costa
SUGARBO/CCZ SUCAB/CCZ
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