Recordando os meus dez anos como servidor público da Prefeitura de Salvador, é impossível não falar dela. Sua ousadia e rebeldia muito me encantavam. Quando o assunto eram os direitos dos agentes de saúde, não media esforços nem se deixava deter pelos pessimistas, muito menos pelos agoureiros de plantão. Embora mocinha (ainda não gozava do título de rainha), protagonizava as maiores lutas para defender os direitos da categoria.
Lembro-me das muitas críticas e resistências de políticos e de quem deveria defender os trabalhadores, mas se colocava no lado oposto - por inveja -, quando levantou a bandeira da mudança de regime. Não se abatia, concentrava energia e partia para a luta levando consigo uma massa incontável de agentes de saúde. Quanto mais apanhava mais insubmissa ficava, o objetivo maior era defender os trabalhadores. Não fazia o tipo de ficar esperando o convite de quem quer que seja para participar da luta nem sofria da síndrome de vira-lata.
No seu lastro de história, há vários troféus de conquistas, como mudança de regime, conquista de insalubridade, horário ininterrupto, dentre outros. Nasceu para brilhar na condução dos agentes de combate às endemias (ACEs) e comunitários de saúde (ACSs) de Salvador. Essa é a razão de ser tão amada, mas também um pouquinho odiada. O importante é que, no fim, os seus detratores assumem a mesma bandeira e passam a defendê-la.
A Associação dos Agentes Comunitários e de Endemias de Salvador (Aaces) é o xodó dos ACEs e |ACSs da capital baiana, sabem reconhecer nela uma amiga, parceira e grande aliada na luta pelos direitos da categoria. Por conta disso, foi para mim amor à primeira vista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário