Por Ubiraci Moraes
Dados da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) revelam que 37% (10.166) dos casos de infecção pelo HIV registrados no Estado são do sexo feminino. Esse fato tem preocupado os profissionais de saúde. Isso porque "muitas mulheres acham que, por terem parceiros fixos há muitos anos, não estão expostas ao vírus. Elas acham que aquele parceiro, que está saudável e assintomático, não tem o vírus, já que não manifesta nada. Elas desconhecem muitas vezes que esse vírus pode levar até 14 anos para se manifestar como doença, a Aids"- afirmou a enfermeira Shirley Coelho, do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa em Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV e Hepatites, em reportagem veiculada pelo Bahianotícias.
Ainda segundo a profissional, as mulheres estão mais expostas porque "nas relações passivas, ou seja, receptivas, seja homo ou heterossexual, a pessoa é mais exposta. Para o vírus penetrar no corpo humano, é necessário lesão, ele não penetra em pele íntegra", esclareceu. Além disso, Shirley explicou que,"no ato sexual, a mulher normalmente tem lacerações. Estatisticamente, a gente diz que uma mulher em um único ato sem proteção já pode adquirir o HIV. O homem pode ter uma média de dez relações e não adquirir, mas isso não é regra".
O importante, então, é que, tanto as mulheres quanto os homossexuais passivos redobrem o cuidado e se previnam. Nas relações sexuais, o uso do preservativo se faz necessário, além de manter ou adquirir o hábito de fazer exames periodicamente. A Aids não tem, e a prevenção ainda é o melhor remédio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário