Diante da retenção de informações sobre a mesa de negociação entre a Unicidade e a gestão, entrou em campo a Comissão Vida Nova , formada por trabalhadores ( Edgard, Ubiraci - Bira-,Thales, Fabiano, Mara, Gerson, César da Liberdade) que tinham apenas a intenção de entender como as negociações estavam acontecendo e propor alternativas para que o imbróglio da implantação da Emenda Constitucional (EC) 120/2022 em Salvador pudesse ser resolvido.
Em reunião com o secretário de Gestão, Tiago Dantas, a Vida Nova foi informada pelo gestor de que havia uma contraproposta de teto máximo de R$3.700 mais auxílios alimentação e transporte, além do retroativo, colocada em mesa, mas que a Unicidade se recusava a levar para ser discutida pela categoria. Nessa contraproposta, não teria nenhuma retirada de gratificações, mas teriam seus percentuais reduzidos. Entretanto, caberia às lideranças determinar como essa distribuição seria feita. Como a Unicidade mentia aos agentes de saúde afirmando que não havia nenhuma contraproposta senão as duas que foram rejeitadas em assembleia pelos trabalhadores, a Comissão Vida Nova resolveu fazer a distribuição e até elevou a contraproposta a R$3.708,00. Por pressão da Comissão, Dantas aceitou oficializar a contraproposta que mantinha todas as gratificações com efeito financeiro retroativo a maio.
Como a Unicidade estava comprometida com a política partidária, tornou-se a maior inimiga dos agentes de saúde, desferindo todas as espécies de leviandades e calúnias contra a Vida Nova: " estão atrapalhando as negociações " , estão fazendo o jogo da gestão...". Resultado: Manobrou e impediu a leitura e apreciação da contraproposta em assembleia no Campo Grande; afinal de contas, estavam em plena campanha eleitoral de segundo turno.
Injustamente, acusou a Associação dos Agentes Comunitários e de Combate às Endemias de Salvador (Aaces) de traição , a qual rompeu com a Unicidade por discordar das trapalhadas realizadas contra os servidores.
Passadas as eleições e com a vitória de Jerônimo (PT) e Geraldo Júnior (MDB), a gestão endureceu o discurso e ameaçou retirar a contraproposta de R$3.708,00. A Unicidade entrou em desespero e terceirizou as negociações a Geraldo Júnior, que fez esforço hercúleo, mas o devaneio do "quero tudo" não se concretizou.
Diante da frustração e do jogo de egos, sentou-se à mesa de negociação , proibindo a participação da Aaces, reformulou a contraproposta, aceitando perder aproximadamente 87,5% das gratificações. Tanto na contraproposta da Vida Nova quanto da Unicidade, de qualquer forma, haveria perdas, aliás, negociar pressupõe abrir mão de algo. Mas a pantomima toda que fez ao longo das negociações contra a contraproposta da Comissão significou que o que a Vida Nova defendia era o razoável, melhor do que a que Unicidade elaborou.
Ou seja, se não houvesse o engajamento político-partidário em demasia , o desfecho da negociação poderia ter ocorrido mais cedo, sem submeter os agentes a desgaste emocional e psicológico como até então a categoria nunca havia passado; inclusive colegas vieram a óbito em consequência disso.
Apesar das trapalhadas e perdas das gratificações, o projeto de lei que implantou a EC120 em Salvador parece estar bem amarrado, sem "pegadinhas". A vida, portanto, segue, e a categoria precisa lutar para reaver o que perdeu. Quem viver verá.
Li, li outra vez e li mais uma vez e não achei na nova lei onde está escrito que o repasse do aumento do salário mínimo para compor nosso salário é obrigatório.
ResponderExcluirRealmente; isso preocupa!
ExcluirE quem obriga ele a pagar alguma coisa ? Se tivesse na lei escrito a palavra OBRIGATÓRIO mesmo assim ele iria inventar alguma Interpretação para não pagar. Não adianta está escrito. O que vai adiantar é lutar.
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