A abordagem violenta e racista do PM a adolescente de 16 anos em Paripe, bairro periférico de Salvador, no domingo (2), é muito comum na cidade. Existe uma certa cultura policial de denegrir jovens negros e moradores de bairros pobres pelo estilo de roupa que usam ou pelo modismo no corte de cabelo. Para o policial, o cabelo black do jovem o denunciava como ladrão, uma atitude carregada de racismo e preconceito. Mas a agressão do agente de segurança pública não se contentou apenas com a violência verbal, o garoto levou socos nas costelas, no rosto e pontapé no abdômen.
Em ano eleitoral, a reação do governador e do comandante da Polícia Militar foi - urgente, urgentíssima - de repúdio à ação policial. Infelizmente não são poucos os PMs que, em bairros pobres, de periferia fazem ações desastrosas nas abordagens de jovens negros e pessoas de bem. Não se trata, portanto, de eventualidade, mas de prática comum, muitas das quais não são denunciadas por medo de represália.
Nessa luta desproporcional, as filmagens feitas por meio de celulares e expostas nas redes sociais são importantíssimas ( e devem ser incentivadas) porque se tornam aliados poderosos no combate a crimes cometidos por maus policiais, sobretudo nas comunidades periféricas da Cidade do Salvador.
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