Medo de preconceito é um dos motivos para que pessoas não busquem tratamento de HIV
por Renata Farias
Foto: Shutterstock
O primeiro caso de HIV foi notificado na Bahia em 1984. Até
novembro deste ano, o estado já registrou 27.523 casos, dos quais 63%
são do sexo masculino, de acordo com dados da Secretaria da Saúde da
Bahia (Sesab). Em entrevista ao Bahia Notícias, a coordenadora de
Vigilância e Controle de Agravos da pasta, Maria Aparecida Rodrigues, do
total de pessoas com Aids no estado, 70% estão em tratamento. "Existem
vários motivos para que as pessoas diagnosticadas não realizem o
tratamento, entre eles estão a não aceitação do diagnóstico, medo de
sofrer estigma, preconceito ou discriminação. No momento do diagnóstico,
as pessoas não têm nenhuma doença e acham que não há necessidade de
usarem a medicação", citou. Entre 2005 e 2016, a Bahia registrou 6.160
mortes de pessoas com Aids, o que em grande parte das vezes está
relacionado à ausência de tratamento, que pode ser realizado
integralmente via Sistema Único de Saúde (SUS). "O primeiro passo é o
diagnóstico. O diagnóstico pode ocorrer na rede pública ou na privada. O
SUS oferece esse atendimento gratuito na rede básica de saúde. Com o
diagnóstico positivo o usuário deverá ser encaminhado para os Serviços
de Atenção Especializada (SAE) que estão distribuídos tanto em Salvador
quanto no interior", explicou Maria Aparecida. Ainda assim, a
coordenadora ressaltou a necessidade de melhorar o acesso ao tratamento.
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